Região Nordeste
Ciranda
Ciranda A Ciranda é uma manifestação folclórica que se expressa por meio de um conjunto de cantigas de roda, originárias da Espanha e Portugal. Chegou ao Brasil no século passado e inicialmente propagou-se pelos Estados do Norte e Nordeste, adquirindo – sem perder o elo com suas raízes - diferentes características conforme os lugares por onde passou.
Especificamente no Amazonas, a Ciranda originou-se na Cidade de Tefé. É muito comum no Brasil definir ciranda como uma brincadeira de roda infantil, porém na região Nordeste e, principalmente, em Pernambuco ela é conhecida como uma dança de rodas de adultos.
Maracatu
Maracatu Manifestação cultural afrobrasileira originária de Pernambuco. É formada por uma orquestra de percussão que acompanha um cortejo real. Como a maioria das manifestações populares do Brasil, é uma mistura das culturas indígena, africana e européia. Surgiu em meados do século XVIII. Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatus de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, implantada no Brasil pelos portugueses. O mais remoto registro sobre Maracatu data de 1711, de Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei: o Maracatu.
Boi da Paraíba e Cavalo Marinho
Compõem-se de cantos recitativos, situações cômicas e entrecho dramático, envolvendo a morte e a ressurreição do boi. Pertence ao ciclo natalino e seus personagens dividem-se entre humanos, bichos e fantásticos.
Variante do boi-de-reis localiza-se no Litoral, Zona da Mata e Cariri, principalmente em Bayeux e Mari. Auto do ciclo natalino conserva alguns personagens do bumba-meu-boi e a mesma estrutura dramática, embora os cantos, o entrecho e a introdução sejam diferente.
Xote Batido
Dança de salão de origem alemã que foi incorporada as festas populares e regionais no Brasil, sendo mais difundida durante o período das festas juninas como o camaleão e araruna.
Também conhecido como Xote Nordestino, seus passos caracterizam-se pela batida do pé ao ritmo da zabumba. Dança-se aos pares numa variação de passos respeitando o desenho coreográfico, geralmente em fileiras.
Xaxado
Segundo Câmara Cascudo, a palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xá-xa-xa feito pelas alpercatas dos dançarinos quando elas arrastam no chão. No início, o folguedo era realizado exclusivamente por homens. Com o passar dos anos, as mulheres conseguiram seu espaço na brincadeira.
A seca sempre foi e continua sendo uma ameaça para o Nordeste. A desgraça da seca nunca vem só. A ela se associa o bandidismo, o fanatismo religioso e as lutas entre famílias por questões de terras.
Os cangaceiros foram consequência desta tragédia Nordestina. Os fazendeiros armavam seus vaqueiros que daí em diante eram conhecidos por cangaceiros . Entre eles: Antônio Silvino, Cabeleira, Corrisco, e o mais temido de todos o Virgulino Lampião.
Hoje porém, com a extensão da educação, a eletricidade e os modernos meios de comunicações o Canguaceiro passou a ser uma figura lendária.
Os Cangaceiros gastavam muito de dança e da música e as praticavam nas horas de descanso ou quando saiam vitoriosos de uma batalha.
O Xaxado, é pois, dança nascida no seio do sertão bravo, onde os cangaceiros arrastando suas chinelas provocavam um ruído semelhante a palavra Xá-xá-xá, daí ser chamada dança do Xaxado.
Os cangaceiros foram conseqüência desta tragédia Nordestina. Os fazendeiros armavam seus vaqueiros que daí em diante eram conhecidos por cangaceiros . Entre eles: Antônio Silvino, Cabeleira, Corisco, e o mais temido de todos o Virgulino Lampião..
Os Cangaceiros gastavam muito de dança, e praticavam nas horas de descanso ou quando saiam vitoriosos de uma batalha. Onde surge o Xaxado, é pois, dança nascida no seio do sertão bravo, onde os cangaceiros arrastando suas chinelas provocavam um ruído semelhante a palavra Xá-xá-xá, daí ser chamada dança do Xaxado.
Pastoril ou Pastoras
Os bailes pastoris são realizados depois da Missa do Galo e compreendem as pastoras (ou pastorinhas), o terno e o rancho. São grupos caracteristicamente vestido que desfilam pelas ruas e visitam casas, onde cantam e dançam em torno dos presépios, em homenagem ao nascimento de Jesus. Este é um costume de origem afro-portuguesa.Essas comemorações propagam-se por todo o Brasil, especialmente no Nordeste.
Boi do Maranhão
Bumba-meu-boi Auto popular de temática pastoril que tem na figura do boi o personagem principal, aparece em todo o Brasil com os nomes de Bumba-meu-boi-surubi, Boi-Calemba, e Boi-de-mamão. Em Alagoas, a apresentação do Bumba é semelhante a um teatro de revista, consta de desfile de bichos e personagens fantásticos ao som de cantigas entoadas por cantores do conjunto musical que faz o acompanhamento. Toda a estrutura de apresentação teatral que faz lembrar as ligações do Bumba com as estórias e sinais bastante visíveis da comédia Del Art medieval. A Festa do Bumba meu Boi é um folguedo encontrado em todo o Brasil, porém, com variações rítmicas, coreográficas e épocas de realização bastante diversificada.
Frevo
Frevo A palavra Frevo nasceu da linguagem simples do povo e vem de "ferver", que as pessoas pronunciavam "frever". Significava fervura, efervescência, agitação. Segundo alguns estudiosos, é a única composição popular no mundo onde a música nasce com a orquestração. A dança originou-se dos antigos desfiles quando era preciso que alguns capoeiristas fossem à frente, para defender os músicos das multidões, dançando ao ritmo dos dobrados.
Coco
Coco de roda O Coco é uma dança de influencia africana e indígena muito popular no Norte e Nordeste do Brasil, principalmente na zona litorânea. Mesmo existindo vários tipos de coco, as coreografias não sofrem grandes modificações de região para região. Sendo uma dança de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de par ou de solo individual. As umbigadas acompanhadas com batidas de pé, como exemplo, estão sempre presentes. Dizem que a dança se originou do canto de trabalho dos negros Palmares na quebra de cocos.
Caboclinhos
Caboclinhos Sua origem vem do Maracatu pernambucano, acrescido de boa dosagem dos Reisados alagoanos. Apresenta-se no período carnavalesco e no Natal. No primeiro caso, é mais um rancho de foliões com indumentária de índios (cocar, tanga, flechas, machadinha, corpos pintados), a pular tocando apito, sem qualquer canto ou discurso. Os principais movimentos do grupo são as peças de saltar, de valsa e de saltar passando. No primeiro, os integrantes dançam, saltam e pulam sem sair do lugar; no segundo, dançam valsando ou se peneirando, também em seus lugares; e, por último, o terceiro movimento ocorre com os dançadores passando de uma fila para outra. O Caboclinho Natalino, com os integrantes vestindo indumentária semelhante, apresenta-se a cantar cantigas que falam em índios e caboclos, com uma melodia nitidamente imitada ou copiada dos antigos Reisados. O cortejo dos Caboclinhos é acompanhado pela Banda de Pífanos, aqui denominada "Esquenta-Mulher" (bombo, pífanos, caixa e pratos), tocando tangos e marchas. As cantigas, via de regra, são improvisadas, formadas por estrofes de quatro versos, com rimas variadas.
Araruna
Dança de colheita, em Homenagem a um pássaro preto (Araruna) que costuma alimentar-se das sementes do arroz. Sua originalidade está na imitação que os dançarinos fazem da forma de andar do pássaro. E bastante conhecida e executada nos festejos juninos do interior do nordeste.
Galope
Dança muito conhecida no sertão paraibano. O seu nome é derivado do passo que à acompanha e que como o próprio nome indica é uma espécie de trote, onde os dançarinos movimentam-se através de pequenos saltos laterais ao som de marchas juninas.
Baião
O Baião ou Baiano e uma dança cantada, de pares solistas, com sapateados, palmas, umbigadas e meneios. Muito popular no século XIX e novamente popularizada por Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (depois de 1940) Compasso binário.
Camaleão
Faz alusão ao lagarto muito comum no Sertão nordestino. É uma dança de salão, de sabor aristocrático, mas que preserva a rusticidade do nordestino. Antigamente era praticada apenas na zona rural, mas, com os avanços dos meios de comunicação chegou aos centros urbanos, embelezados principalmente as festas juninas, nas cidades do Nordeste.
Coco do Cacete
O Coco de Cacete – é uma dança singela, de origem indígenas como uma variação do Coco-de-Roda, na qual os dançarinos se apresentam vibrando pequenos bastões, simulando uma luta dois a dois, enquanto dançam. Nos outros estados nordestinos é chamado também Maneiro-Pau. O ritmo das cantigas é marcado pelo entrechocar dos bastões.
Quadrilha
Sua origem palaciana, do século passado, que abria os bailes da corte francesa. Logo se popularizou adquirindo características próprias, no Brasil o jeitão matuto incorporou o casamento para justificar a dança.
Guerreiros
Grupo multicolorido de dançadores e cantores, semelhantes aos Reisados, mas com maior número de figurantes e episódios, maior riqueza nos trajes e enfeites e maior beleza nas músicas. O Auto dos Guerreiros é um folguedo surgido em Alagoas, entre os anos de 1927 e 1929. É resultado da fusão de Reisados alagoanos e do antigo desaparecido Auto dos Caboclinhos, da Chegança e dos Pastoris. Auto popular profano-religioso, formado por grupos de músicos, cantores e dançadores, que vão de porta em porta, no período de 24 de dezembro a 6 de janeiro, anunciar a chegada do Messias, homenagear os três Reis Magos e fazer louvações aos donos das casas onde dançam.
Toré
Dança recreativa, pantomímica de procedimento indígena, que se realiza em circulo, tendo no centro o solista que com arco-flecha dança com gesto de tocaias. Todos em circulo numa coreografia expressiva, dando a impressão de trabalho de colheita ou, imitando algum animal em movimento, o que, concede-lhes um caráter totêmico. Encontramos essa dança na Baia da Traição na comunidade indígena.
Pau de Fitas
O pau de fitas foi trazido para o Brasil pelos europeus. Ficou conhecido como dança de pares apresentada em grandes festas. Os dançarinos fazem evoluções em torno de um mastro segurando as fitas pendentes dele. Durante o andamento da coreografia, as fitas vão sendo trancadas, formando tramas/tranças e redes.