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Região Norte

Siriá

Siria é uma dança de roda paraense que dizem ter se originado em agradecimento a uma grande quantidade de siris (sirial) enviada por Deus para matar a fome dos pescadores. Os movimentos coreográficos lembram o trabalho humano na pesca de siris.

Lundu da Ilha de Marajó ou Lundu Marajoara

O Lundu, dança de origem africana, é uma das principais manifestações coreográficas desse povo. Desperta muito interesse pela desenvoltura dos seus movimentos. O tema é o convite feito pelo homem à mulher para um encontro sexual, a cópula. A dança desenvolve-se, a princípio, com a recusa da mulher mas, ante a insistência do seu companheiro, ela termina por ceder.

Carimbó

A dança do carimbó é principalmente dançando no estado do Pará, e seus arredores. Considerada uma das mais expressivas manifestações folclóricas da Região Norte. Os principais passos de sua coreografia são o volteado e o balanço de saias das dançarinas quando cruzam com seus pares na grande roda. Carimbó e o nome do tambor feito de um único tronco escavado, sobre o qual o tocador se senta e marca o ritmo afro da dança.

Boi-bumbá

Sendo uma variante do Bumba-meu-boi, maranhense, é um folguedo dançado na Amazônia durante o São João, representado por dois bois, o Caprichoso, considerado o boi da “elite”, com uma estrela na testa, e o Garantido, o boi do “povão”, com um coração entre os olhos. Todo ano, cada bumbá cria um enredo para contar a história de Pai Francisco, capataz de uma fazenda no Nordeste, que para satisfazer o desejo de sua mulher grávida, Mãe Catarina, mata o melhor boi do patrão e arranca-lhe a língua. O patrão, furioso, quer matar o capataz, cuja única saída é ressucitar o boi. O Festival acrescenta, com detalhes as lendas e a mitologia indígena da região do Baixo Amazonas. Para isso, foram acrescidos personagens como a cunha-poranga (moça bonita) e os taxuanas (chefes tribais). A dança e a indumentária são inspiradas nos rituais das tribos das Amazônia.

Retumbão

A festividade em devoção a São Benedito, em Bragança deu origem à Marujada e, com ela, a mais conhecida dança folclórica da região. Encontrados dois troncos de dimensões diferentes, os escravos adaptaram-lhes dois couros de animais silvestres, devidamente preparados, secados e esticados, em cada uma das extremidades dos troncos deixando, porém, um dos lados livres para o efeito sonoro desejado. Os tambores eram ouvidos de muito longe e segundo a crônica da época, "retumbavam". Daí porque a primeira e mais importante dança da Marujada tem o nome de Retumbão.

Xote Bragantino

De origem européia foi introduzido no Brasil pelos colonizadores e teve grande aceitação. No estado do Pará a dança chegou trazida pelos portugueses que muito a apreciavam, cultivando-a, assiduamente, em todas as suas reuniões festivas. De longe, os escravos africanos observavam os movimentos e muito bem os guardavam na memória. No ano de 1798 quando, em Bragança, os escravos fundaram a Irmandade de São Benedito, nascendo, então, o Grupo da Marujada, o Schotinch, ou melhor, o Xote foi magnificamente aproveitado pelos escravos. Desta forma o Xote é a dança mais representativa de todo o povo bragantino.

Marambiré

O Marambiré é uma das manifestações culturais mais significativas do Pacoval, comunidade quilombola com aproximadamente 115 famílias, situada no município de Alenque.

Conhecido também por Cordão do Marambiré ou Sangambira, é uma manifestação de devoção religiosa que mistura dança, música e muita brincadeira. Trata-se de uma homenagem a São Benedito, o santo negro, que começa dia 25 de dezembro e termina em 20 de janeiro.

Os quilombolas afirmam que o Marambiré começou a ser festejado pela comunidade depois que os mocambeiros se fixaram no Pacoval, fugidos das fazendas de Santarém. Assim explica Dona Cruzinha, moradora do Pacoval. Para comemorar o fim da escravidão, do sofrimento e da perseguição, festejavam o Marambiré agradecendo a São Benedito as promessas alcançadas:Para dançar o Marambiré, quilombolas do Pacoval formam uma espécie de corte composta pelo rei do Congo, pela rainha do Congo e suas auxiliares, pelos valsares, pelos tocadores e por contramestre, que também é auxiliar do rei. Essa corte representa os antigos reinados da África Central e está presente em diversas manifestações populares no Brasil.

O rei e a rainha enfeitam-se com coroas feitas de papelão, lata ou fibra natural decoradas com flores multicoloridas de papel crepom ou de papel de seda. A rainha e suas auxiliares usam vestidos rodados e bastante coloridos. O rei veste paletó assim como os valsares. Os tocadores e contramestres vestem trajes de estilo marinheiro (camisa azul e calça branca) e capacetes.

As músicas são executadas com instrumentos feitos na própria comunidade: violão, rabeca, cavaquinho, banjo, pandeiro e caixa. Há cantos específicos para cada parte do ritual.

Vaqueiros do Marajó

Uma das danças tradicionais que retratam os costumes da Ilha de Marajó é a própria Dança do Vaqueiro, no qual demonstra movimentações de gestos feitos pelos trabalhadores no momento de laçar o boi. Assim, pode-se dizer que considerações da cultura cabocla marajoara são fortemente presentes nesta dança..
A Dança do Vaqueiro surgiu na Ilha de Marajó, no Estado do Pará. A partir da percepção dos movimentos corporais dos Vaqueiros, na tentativa de laçar o boi, foi criada a coreografia inicialmente para o professor Adelermo Mattos (pesquisador de folclore paraense), utilizou-se uma música das vaqueiradas do Rio Grande do Sul, para manifestar a cultura marajoara.

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